O exame morfológico do 2º trimestre visa avaliar toda a formação do feto. todos os sistemas fetais são estudados neste exame a procura de evidências de alterações anatômicas ou indícios de que alguma doença congênita, seja ela de origem genética ou adquirida intra-útero, esteja presente. sendo assim o feto é estudado do ponto de vista neurológico através da da formação do sistema nervoso central (cérebro e coluna), e do comportamento fetal (avaliação de movimentos, tônus e postura), do sistema cardiovascular (coração e vasos), respiratório (pulmões), do sistema digestivo (estômago, intestinos, fígado, baço), do sistema genitu-urnário (rins, bexiga, genitais), do esqueleto (coluna, membros, mãos e pés, ossos do crânio e tórax), face e pele. esta avaliação é feita tanto de forma qualitativa (aspecto) bem como quantitativa (aspecto biométricos) sendo que estes permitem avaliar se o crescimento fetal é adequado. ainda são objeto do estudo o líquido amniótico, a placenta e mais uma vez, como no morfológico do 1º trimestre, é possível a realização de cálculo de risco sequencial para a presença de doenças genéticas, bem como estimar o risco para doenças hipertensivas e aqui neste exame também é possível estimar o risco de trabalho de parto prematuro.

Período de realizaçao

Indicada a realização entre 20 e 24 semanas de gestação, período em que todos os órgãos já estão formados adequadamente e que o bebê ainda tem um tamanho que permite avaliaçao adequada de toda a sua anatomia.

Avaliação do risco de pré-eclâmpsia

O estudo doppler das artérias uterinas permite estimar que gestantes estão mais próximas do risco de desenvolver a doença na gestação. a partir de estudos multicêntricos com elevado nível de evidência científica, mulheres cujo o exame mostra altos índices de resistência a distribuição do sangue destas artérias para a placenta estão mais propensa a desenvolver a doença, típica do 3o trimestre da gestação, e merecem atenção mais de perto do ponto de vista pressórico. a depender do que aponta este estudo, algumas podem até ser medicadas visando redução do risco ou acompanhadas com consultas em intervalos mais curtos para que não se deixe de detectar precocemente o desenvolvimento da patologia.

Avaliaçao do risco de parto prematuro

A medida do colo uterino, através do exame endovaginal, pode orientar o obstetra no sentido de que mulheres com colo considerado encurtado estão sob maior risco de entrar em trabalho de parto prematuro (trabalho de parto antes de 37 semanas de gestação). para as gestações consideradas de risco, de acordo com estudos com boas evidências científicas, podem ser tomadas medidas medicamentosas visando a redução do risco e a redução de complicações perinatais.

Converse com o seu obsteta sobre este exame e procure um médico devidamente habilitado para realiza-lo.